Uma dieta pobre em ácidos gordos ómega-3 associados com problemas cognitivos

Uma dieta pobre em ácidos gordos ómega-3, que incluem nomeadamente o ácido docosahexaenóico (DHA) e o ácido eicosapentaenóico (EPA), pode conduzir a um envelhecimento mais rápido do cérebro, perda da memória e capacidade de raciocínio, sugere um estudo publicado na revista científica “Neurology”. 


“Os indivíduos com baixos níveis de ácidos gordos ómega-3 têm um menor volume cerebral, o que equivale a cerca de dois anos de envelhecimento da estrutura cerebral, revelou, em comunicado de imprensa, o autor do estudo, Zaldy S. Tan. 

Os investigadores constataram que os indivíduos com baixos níveis de DHA apresentavam um menor volume cerebral, em comparação com as pessoas que tinham elevados níveis deste nutriente no sangue. 

Do mesmo modo, os participantes com níveis totais de ácidos gordos ómega-3 mais baixos, obtiveram piores resultados nos testes que avaliaram a memória visual e a função executiva, tal como a resolução de problemas e raciocínio em várias áreas. 

A American Heart Association recomenda a ingestão diária de 0,5 a 1 g de ácidos gordos ómega-3, os quais se podem ser encontrados em vários peixes, especialmente os de águas profundas e frias, como o salmão, atum, sardinha e cavala e também em alguns óleos vegetais como a soja, linhaça, nozes, etc. 

ALERT Life Sciences Computing, S.A.

Cérebro ativo e curioso atrasa o envelhecimento


À semelhança do que acontece com o exercício físico, deve apostar-se em atividades que mantenham o cérebro ativo para atrasar o envelhecimento, defende o médico especialista em Bioética Daniel Serrão.

“Manter o cérebro curioso, em curiosidade permanente, faz com que o indivíduo se mantenha ‘ativamente vivo’, porque é no cérebro que envelhecemos”, revelou Daniel Serrão, na conferência “Seniores – um novo estrato etário e social”, integrada nas Jornadas sobre Envelhecimento Ativo, organizadas pela Santa Casa da Misericórdia de Gaia.

O investigador, com 85 anos, afirmou que “as articulações podem não funcionar bem, mas não é o envelhecimento corporal que conta, é o envelhecimento do cérebro. Vemos isso muito bem nos doentes com Alzheimer e com demências senis. Os corpos podem estar perfeitos, mas o cérebro deixou de funcionar porque envelheceu”.

“As pessoas são cérebro e é em relação ao cérebro que é preciso trabalhar, a par do exercício físico, com certeza. E a melhor forma de ativar o cérebro é mantê-lo curioso e voltado para o mundo exterior”, acrescentou.

Daniel Serrão referiu que esta faixa etária, com mais de 65 anos – que ronda os “dois milhões” de indivíduos – “é hoje muito cobiçada por aqueles que espreitam o negócio. Reparem no elevado número de instituições privadas que oferecem uma vida boa, com estimulação cognitiva, atividade física e viagens, entre outras”.

Daniel Serrão apontou três grupos de pessoas na terceira idade: as pessoas saudáveis, ativas e independentes e que ainda podem prestar um contributo para a sociedade, os indivíduos que tendo alguns problemas de saúde arranjam pretextos para nada fazerem, tornando-se assim inativos e dependentes de outros, e o idoso que entra no processo de morrer.

Considerou ainda que a declaração de 2012 como “Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações”, instituído pelo Parlamento Europeu, tem toda a razão de ser, dado que em Portugal um quinto da população (cerca de 2 milhões de pessoas) têm mais de 65 anos.

Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A.

Antipsicóticos dobram o risco de pneumonia fatal em idosos

O uso de antipsicóticos em idosos pode duplicar o risco de uma pneumonia potencialmente fatal, de acordo com um estudo publicado no “Annals of Internal Medicine”. 

Na investigação da Erasmus University Medical Center, em Roterdão, Holanda, foram avaliados 2 mil pacientes. Para o trabalho foram comparados os historiais clínicos de 258 idosos com mais de 65 anos com pneumonia e de 1.686 pacientes da mesma faixa etária mas sem a infecção. Todos tomavam antipsicóticos. 

Dos indivíduos com pneumonia, 25% morreram no intervalo de um mês. 

Ao analisarem as prescrições destes pacientes, os investigadores chegaram à conclusão de que o uso de antipsicóticos estava associado a um risco duas vezes maior de desenvolvimento de pneumonia. O estudo também verificou que o aumento do risco começa logo após o início da medicação, pelo que os especialistas devem estar alertados para a necessidade de acompanharem atentamente estes pacientes, especialmente no início da medicação e se as doses forem elevadas. 

O estudo também concluiu que o risco de contrair a infecção era ligeiramente menor nos que tomavam antipsicóticos da nova classe, mas, mesmo assim, existia risco. Deste modo, os cientistas alertam para que a prescrição destes medicamentos só seja feita quando for absolutamente necessário.
Fonte: Alert

Duas idosas irmãs, de 74 e 80 anos,



foram encontradas mortas na sua residência em Lisboa, já em estado de decomposição. 

As mulheres, que viviam sozinhas, foram encontradas mortas hoje à tarde no andar em que habitavam, na Travessa do Convento de Jesus, nas Mercês, em Lisboa, em frente ao Liceu Passos Manuel. 

Um morador do prédio decidiu fazer o alerta porque não via as idosas desde o início do ano. 

Segundo os vizinhos, a idosa de 80 anos estava acamada e era a irmã mais nova que, embora doente com um cancro, lhe prestava assistência. As duas idosas não tinham outros familiares. 

A Junta de Freguesia das Mercês conhecia este caso. No entanto, ouvida pela TSF, Eunice Gonçalves, secretária da Junta com o pelouro da ação social, explicou que esta situação não era considerada de risco.
(Rádio TSF-25/1/12)